Pode ser uma boa morar na favela?

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Por: Augusto Vianna e Hosana Barbosa

Diversos aspectos marcam a vida de um morador de comunidade. Dentre o custo de vida mais, o baixo índice de assaltos na localidade e nos arredores e uma organização política própria, a favela apresenta expressões sociais que, apesar de informais ou ainda não legitimadas pelas instituições estatais, estão cada vez mais afinadas com a vanguarda do pensamento social e econômico contemporâneo.

Uma pesquisa realizada pelo “Fantástico”, da Rede Globo, no ano de 2014, comprovou através de pesquisas realizadas pelo país que 94% das pessoas que moram nas favelas são felizes em habitar o local.

Carlos Alberto, 21, motoboy é morador do bairro de Magalhães Bastos, no Rio e gosta de morar em comunidade por conta de serviços oferecidos por custo menor, “Morar na favela é mais barato, sim! Para quem vai morar dentro das comunidades de aluguel, por exemplo, torna-se mais barato”, disse ele.

A segurança nas favelas é um fator apresentado pelos moradores como melhor por conta dos assaltos ocorridos em locais de fora. Morar dentro das favelas pode ser sim, uma boa para quem pretende fugir dos roubos.

Morador há 23 anos da comunidade do Curral das Éguas, em Realengo, Danilo dos Santos, 23, gosta do local onde mora por não correr risco de ser assaltado “dentro da favela nós temos segurança, enquanto na rua nós somos assaltados,” conta ele.

Mas nem tudo são flores para eles! Existe o poder paralelo, que é a Policia Militar do Rio de Janeiro, que se torna uma força questionável por quem convive dentro de comunidades. Um dos maiores problemas apresentados, são as invasões das forças militares. Moradores afirmam, mesmo que a “segurança” seja boa, a alguns contrapontos.

“Dentro da favela você corre o risco de não se proteger quando a polícia entra atirando e os traficantes também”, disse a estudante Taylane dos Santos, 19, moradora de Realengo.  “O ruim é que, às vezes, a polícia entra e faz o que quer e corremos o risco de “tomar” bala perdida”, completa Danilo.