A influência da mídia nos padrões estéticos


Por: Daiana Brandão e Priscila Miraldi
Reprodução: Google Imagens

Engana-se quem acredita que a busca pela beleza ideal é algo exclusivo dessa geração, por exemplo, as curvas de Marilyn Monroe foram referência de um ideal a ser seguido nas décadas de 40 e 50. Muitos anos se passaram, os padrões mudaram por inúmeras vezes e grande parte das mulheres tenta ou já tentou se encaixar.

Mesmo mediante a procedimentos estéticos, Patrícia aceita-se e prioriza o bem estar físico e mental. (Arquivo Pessoal)

A bancária Patricia Koppe, de 32 anos, já passou por alguns procedimentos cirúrgicos para deixar o seu corpo do jeito que sempre quis. Hoje ela se aceita, mas ainda faz  alguns tratamentos estéticos, exercícios físicos e garante que a boa alimentação faz toda diferença. Ela acredita que as redes sociais influenciam muito na auto estima da mulher, inclusive, excluiu uma de suas redes para fazer uma desintoxicação mental. "Não acho que a mídia contribui, ela visa muito a magreza e a mulher tem que se sentir bem com o corpo dela. Claro que podemos melhorar, mas sempre visando a nossa saúde e bem estar."

O físico de Natália é um dos socialmente aceitos, mas não impede que a jovem sinta-se inferior a outras mulheres.  (Arquivo Pessoal)
Para alcançar esse ideal a busca por tratamentos estéticos, alimentação restrita e exercícios físicos fazem parte da rotina muitas mulheres, como é o caso de Natália, de 21 anos. Além disso, a jovem que deseja tonificar e ganhar curvas, evita utilizar peças que mostrem suas pernas que segundo ela, são muito finas. “A maioria das vezes gosto de colocar calça para disfarçar, ” declara.

De acordo com a psicóloga Keissy Monique G. C. Almeida, a contribuição negativa da mídia tem ajudado a desenvolver uma série de patologias como, depressão e ansiedade em função dessa exigência pelo corpo perfeito. Além disso, a exigência que colocamos no outro pode ser mais um fator que contribua para o desenvolvimento desses transtornos. “Muitas vezes o padrão que está sendo imposto pela sociedade não é o padrão para o nosso tipo de corpo”, explica a profissional.

A educadora física, Chaiene Barros acrescenta que anorexia, vigorexia e overtraining são outras consequências nesses casos. Ela ressalta a importância de uma boa alimentação, se possível com acompanhamento de nutricionista. “A prática regular dos exercícios físicos orientado por um profissional da área e descanso são fundamentais para manter o equilíbrio, ” relata.

No vídeo a seguir, Chaiene mostra alguns exercícios que podem ser executados em casa:

A prática de exercícios é um dos pontos importantes para uma qualidade de vida. Reprodução: Priscila Miraldi

Prós e contras

O professor Júlio Leira relata que a mídia tem seus prós e contras. Por exemplo, as redes sociais proporcionam reencontros de pessoas distantes podendo compartilhar momentos inesquecíveis com familiares e acompanhar a vida dos nossos ídolos de perto. Mas a partir do momento que essa aproximação ao ídolo induz uma busca em ter o corpo e a vida perfeita, seus hábitos deixam de ser saudáveis. “Cada um tem a sua vida, sua realidade. OK que siga aquele ídolo, mas é preciso ter ciência que são vidas diferentes. Tem uma realidade e não pode ficar frustrado, nem fazer disso uma obsessão pelo corpo perfeito, ” explica.

Não existe padrão para ser feliz

Amanda mostra que independente de padrões o importante é aceitar-se. (Arquivo Pessoal)

Amanda Vieira, 24 anos é o exemplo que não é necessário estar no padrão imposto pela mídia para sentir-se bem. O processo de desenvolvimento da sua autoestima foi longo e carregado de preconceitos desde a época da escola, “Me jogaram da escada para ver se rolava, ” conta.

Outro momento de preconceito foi quando iniciou a carreira plus size, onde os comentários maldosos começaram em sua família. A jovem conta que em uma campanha para uma loja de moda praia plus size um internauta questionou a presença de uma modelo gorda. Provando que o estereótipo de beleza ainda está voltado para magreza.

Apesar de considerar “clichê”, Amanda acredita para ter uma boa autoestima é preciso auto segurança. A jovem menciona que é importante passar segurança para que ninguém se aproveite disso.

Comentários

  1. Um tema bom para ser discutido e super atual. A matéria tem boas fontes, mas elas não foram muito aproveitadas no texto. Ficou tudo muito tradicional. A ideia da reportagem era aproveitar mais personagens, fontes e dados. No vídeo, a professora deveria ter sido entrevistada. A matéria ficou curta e não uma grande reportagem. Nota: 7,5. Daiana, você tem 0,5 do trabalho ficou com 8,0

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